sexta-feira, março 27, 2009

ENEE

Caros amigos, aqui à dias recebemos um mail que se referia ao grande evento que ocorre todos os anos sendo ele muito esperado, como somente os finalistas e o terceiro ano conhece e teve o grande prazer de participar no ENEE, deixo algumas pistas para o pessoal do segundo ano (se bem que estes já devem de ter a bela noção do que se trata) e para a caloirada, ora bem, conferências, work-shoop, música em formato de mp3, cervejas de um litro, muitos conects, animação todo o dia, vinho, comida pouco, tendas, acampamento, praia, banhos, sol, não sei quantos mil enfermreiros e mais não sei quantos mil estudantes de enfermagem embriagados e uma dezena de estudantes de enfermagem sóbrios, enfim uma grande diversidade de eventos e concertos e muito desenvolvimento do conhecimento para fins de cuidados de enfermagem. Bem deixo para a vossa imaginação fluir do que se trata este grande evento...
Como nem todos tem acesso ao mail da tuna, isto de ver mail é só para alguns, deixo aqui um excerto de um mail da CO – ENEE, ora leiam:

XXX ENCONTRO NACIONAL DE ESTUDANTES DE ENFERMAGEM
I Festival de Tunas
Com o decorrer dos anos, a prestação das Tunas de Enfermagem, dentro do Encontro Nacional de Estudantes de Enfermagem (ENEE) tem vindo a modificar-se. É de recordar que o ENEE não se iniciou nos moldes que hoje o reconhecemos, e na verdade, inicialmente não havia nem concertos, nem tão pouco Tunas a actuar. Ainda assim, este, com o passar do tempo incluiu um espaço para as Tunas, constituídas exclusivamente por estudantes e profissionais de Enfermagem, reconhecendo-lhes o mérito, como agrupamentos representativos do espírito das pessoas que frequentam ou frequentaram o curso de Enfermagem.
Se por um lado foi dado bastante ênfase a este espaço, com um dia guardado para a actuação de todas as Tunas que gostassem de participar, por outro esqueceu-se que a diversidade que hoje em dia engloba os participantes do ENEE, tornava algo excessivo para um dia só, não permitindo outra opção que as Tunas, surgindo dai críticas às organizações.
Neste sentido, a forma de abrir um espaço às Tunas foi alterado, permitindo exactamente a sua actuação enquanto agrupamentos importantes na demonstração do espírito académico em Enfermagem e por outro a possibilidade de se escolher entre acompanhar as referidas Tunas ou outro espectáculo disponível.
No entanto, é difícil agradar a todos e as criticas continuaram, desta feita por se sentirem as Tunas reduzidas na sua essência.
Esta Comissão Organizadora, pensando em todos e pretendendo colmatar falhas anteriormente apontadas a outras organizações, vem por este meio, propor um novo desafio, inovador e inédito:
Um Festival, um Concurso, de Tunas de Enfermagem no ENEE.
Este terá como objectivo; dar oportunidade a todos de se sentirem bem no ENEE, ser reconhecido às Tunas a sua importância e mérito, com as condições adequadas de actuação e premiar os que mais se distingam, perante os seus pares e não só.

Dentro do que se permite, dentro de um espaço como o ENEE, teremos:
Critérios de inclusão
As Tunas que pretendam integrar o I Festival de Tunas do Encontro Nacional de Estudantes de Enfermagem serão seleccionadas inicialmente, salvo excepção por ordem de inscrição, devendo:
§ Enviar carta com esse interesse, por correio e em carta registada, para:
Comissão Organizadora do XXX Encontro Nacional de Estudantes de Enfermagem
Edificio dos Congregados
Avenida Central nº100
4710-229 Braga,

até ao dia 3 de Abril de 2009.

Enviar o nome das músicas que farão parte do alinhamento com a descrição de cada uma delas, se necessário, para o Festival; ex. – Carlos Paião, "Cinderela" – Solista.
Descrever obrigatoriamente o nome da música/canção de;
o Hino da Tuna,
o Para Solista,
o Instrumental,
o Música original (sendo que esta se pode enquadrar numa das anteriores).
PRÉMIOS A CONCURSO
- Melhor Tuna;
- 2ª Melhor Tuna;
- Melhor Pandeireta;
- Melhor Estandarte;
- Melhor Solista;
- Melhor Instrumental;
- Prémio Passa-Calles;
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
· As actuações serão divididas por cinco dias do Encontro com duas actuações em cada dia, salvo excepção;
· O número de músicas a interpretar por cada tuna fica critério de cada uma, sendo que o tempo de actuação nunca poderá exceder os 20 minutos, sendo critério de penalização por parte do júri a transposição do tempo definido pela organização e/ou se exagerado cortado o som.
· A avaliação será feita numa escala de 0 a 20 valores;
· Os elementos do júri entregarão no final de cada dia as pontuações de cada Tuna, sendo que o presidente do júri terá voto de qualidade nos eventuais desempates, assim como se responsabilizará por realizar a média das pontuações atribuídas que irão determinar os vencedores de cada prémio;
· A ordem de actuação no Festival será decidida por sorteio no primeiro dia do ENEE e com a presença de um representante de cada Tuna a concurso;
· A não representação do elemento exclui automaticamente a Tuna da sua actuação;
· O Prémio "Passa-Calles" será atribuído pelos proprietários dos estabelecimentos por onde se fará o "Passa-Calles".
Critérios específicos
Melhor Tuna e 2ª melhor tuna
qualidade vocal e instrumental, afinação, arranjos instrumentais e vocais, alinhamento musical, coordenação, postura, coreografia, originalidade, traje, espírito académico, melhor grito académico.
Melhor Solista
afinação, timbre, fluidez rítmica e facilidade na execução.
Melhor Instrumental
afinação, coordenação, fluidez rítmica e facilidade na execução.
Melhor Pandeireta
movimentações rítmicas dos executantes, coordenação entre os executantes; sequência lógica dos movimentos.
Melhor Estandarte
movimentações rítmicas dos executantes, coordenação entre os executantes; sequência lógica dos movimentos.
Prémio "Passa-Calles"
animação, interacção com o público, caloiros mais originais.

* As Tunas que se inscreverem deverão ter igualmente inscritos , no XXX ENEE, os seus elementos, salvo os que virão especificamente para o espectáculo. Estes devem estar referenciados pela Tuna e sendo que a sua situação, será à posteriori comunicada pela XXX Comissão Organizadora do Encontro Nacional de Estudantes de Enfermagem a cada Tuna, não lhes sendo, seguramente, negada a entrada para a actuação.

Gratos pela atenção, aguardamos contacto pelo que, sem mais assunto, endereçamos cordiais
Saudações Académicas

Bem já leram?? o que decidiram?? a Tuna está inscrita agora cabe a voces fazerem o vosso trabalho...
Fico à espera de noticias vossas....
Beixinhos

quarta-feira, março 25, 2009

OLÁ TUNA

É com muita tristeza que estou longe de vós, mas acompanho todos os vossos passos…
Acho que estão a precisar de movimentação… sei que agora é uma altura muito complicada para enfermagem, estágios, trabalhos, manhãs, tardes e noites a cuidar daquelas pessoas que se encontram numa situação de doença!
Bem sei que trabalharam muito para o OLÉ TUNAS e por isso estão de parabéns, mas o trabalho continua, não deixem tudo parar, trabalhem para aquele objectivo que ficou pendente, sei que o Viegas nos ajudava muito na tuna e que o trabalho dele era muito importante, mas agora ele cuida do nosso sobrinho o Gui, muda-lhe as fraldas ensina-o a tocar cavaquinho, pandeireta e a prenunciar TAESEAH… loool
Deixo aqui algumas mensagens para vós:
Micaju – És a presidente, sei o que é isso e o quanto é difícil orientar o barco, mas continua com o bom trabalho;
Martim – Estás muito bem no estandarte mas tens de ir aos ensaios, a Rossana também vai aos ensaios da Sons do Mar, gere o teu tempo e deixa de jogar poker;
Dutra – Homem cheio de experiencias e anos vividos na tuna, já passas-te por muitas etapas e sabes como superar mais uma, podes passar para outro instrumento que ainda não tenhas tocado não sei qual mas ok;
Sérgio – Conseguis-te o bandolim, muito bem sabemos que ainda podes dar muito mais à tuna;
Sílvia – A mestra dos cavaquinhos, ensina essa gente o quanto é importante estar no ritmo, loool;
Marina – A mulher multifacetada, sabes o quanto és importante na tuna, és daquela família que agente sabe;
Helena – Sempre no tom certo canta tudo e mais alguma coisa, dá umas aulinhas de voz a essa gente, és da familia já se sabe;
Paulo – És o homem com a voz mais fina e afinada, ajuda os caloirinhos;
Renato – Confio em ti para fazeres uma música nova;
Carlins – Esse bandolim nunca para, parece que está ligado à corrente parabéns;
Marco – Esse bombo precisa de muita força continua a dar-lhe;
Fábio – O único finalista, mantém-te presente na tuna é importante;
Anita – A mestra dos pandeiros, ainda és daquele tempo em que tínhamos de arranjar palco para que todos os pandeiros pudessem actuar em fila, parabéns pela continuidade.
Marlissa – O pandeiro precisa de muita dedicação, parabéns por continuares na tuna e honrares a nossa família;
Caloiros – A música e tudo aquilo que aprendemos na tuna é importante, o espírito e a amizade também, aprendam e lutem pela nossa tuna afinal são o futuro da TAESEAH…

Peço desculpa se me esqueci de alguém mas todos são fundamentais e cada elemento é tão importante como o outro. É importante quando subimos ao palco e apresentamos o nosso trabalho as nossas musicas, sentir os nervos de uma simples actuação, ouvir as palmas mesmo quando só olhamos para o nosso instrumento e estamos concentrados nas notas e na nossa voz… Jantares de tuna, aqueles momentos em que sabemos como começa mas nunca sabemos como acabam, a tradição e hierarquia na tuna complementam esses momentos.
Mas nunca se esqueçam que o nosso espírito e amizade é fundamental… Porque vocês agora não se apercebem dos momentos que estão a viver mas daqui a algum tempo vão perceber tudo aquilo que viveram e dos momentos que passaram na tuna e isso traz saudade…
Deixo um grande beixinho para todos com muitas saudades, continuação de bom trabalho…
Quero ir buscar-vos ao aeroporto para aquele encontro fantástico cheio de conhecimento - ENEE- trabalhem para ele, voces conseguem...


E como dizia uma grande mestra dos cavaquinhos: "Livrai-nos daqueles que condenam a alegria de ser TUNO toda a Vida"

sexta-feira, março 13, 2009

Barretes...

Bem... Estou na profissão certa! Sim, gosto muito de Enfermagem... Mas agora, com a crise que aí vai, se calhar até ganhava uns trocos a fazer barretes tamanho único... tipo, para servir a muitos...
Também é verdade que não estava à espera de tanta réplicas de um post pouco sísmico que serviu apenas para clarificar a justeza da atribuição dos prémios no VII Olé Tunas. Pelo menos, nesse ponto, a resposta deve ter sido clarificadora pois mais ninguém ficou incomodado.

Mas, realmente, o primeiro parágrafo fez um pouco de mossa e levantou algumas questões pertinentes. Por isso aqui deixo mais algumas considerações:

1 - Nunca foi minha intenção comparar festivais de tunas em termos de génese, organização ou público alvo... Concordo que o Ciclone, o El Açor, o Olé Tunas e o FITU serão sempre diferentes... ainda bem! A diversidade de eventos, com qualidade, é sempre um aspecto positivo.

2 - Agora, quanto ao número de Tunas... acho que não consegui transmitir a mensagem...... onze tunas, a concurso e da ilha...parece-me claro. O VI Olé Tunas teve sete tunas a concurso e, extra-concurso, TUSA, Neptuna e Sons do Mar... mais a TAESEAH que actua a abrir e a fechar... o El Açor tem esse mesmo número este ano... Aliás, em São Miguel, o número de Tunas a concurso tem sido sempre esse, mais uma ou menos uma. Conclusão? É fácil, o modelo tem provas dadas e funciona!

3 - Não me cabe a mim falar aqui do motivo pelo qual a TAUA não foi convidada. É um assunto que conheço com algum pormenor mas, que diz respeito apenas às duas Tunas. Por isso, adiante...

4 - Quanto à justificação apresentada para o não convite às restantes Tunas da Ilha, merece o meu respeito. É a decisão da Tuna que organiza o evento e, melhor que todos os outros, saberá as razões para tal decisão. O tempo no Teatro é limitado e o espectáculo não deve ser demasiado comprido. Só quem organiza sabe o que custa pedir às tunas que toquem apenas dois temas e verem depois que fazem uma introdução de 3 ou quatro minutos, duas músicas, um grito, duas piadas, e uma música para a saída... Eu já estive dos dois lados da história e sei que esses excessos acontecem sempre.
Agora, o problema nunca esteve na decisão que a organização do Ciclone tomou...

5 - Durante este ano lectivo, ocorreram dois Festivais de Tunas extra-calendário: um organizado pela JSD no Farol e o famoso Festival em Havana, Cuba de Pipas... Em qualquer uma das situações, as condições colocadas à disposição das Tunas são comparáveis a uma qualquer noite de Tunas de uma Semana Académica, e nunca comparáveis a um Festival... Há que ser cru e verdadeiro neste assunto. Um Festival de Tunas no Porto de Pipas? No Farol? É claro que sempre apoiei iniciativas que dessem visibilidade ao trabalho feito nas tunas... Mas, estes nunca serão exemplos de eventos desses. As Tunas da Ilha Terceira têm muito trabalho feito, com muitas e boas músicas originais, e merecem mais respeito. Como diz o colega Mox da TUSA...

"A dignidade da actuação de qualquer tuna é algo que deve ser mantido, e quando fazemos os convites é nessa base."

Concordo inteiramente! Agora, temos que ser crús e verdadeiros (também) neste assunto. Convidar as Tunas da Ilha e organizar um Festival de Tunas num palco ao ar livre, no Porto de Pipas, com condições climatéricas adversas, numa sexta feira à noite? Não me parece muito digno. Parece-me mais andar a brincar aos Festivais. Chamem-lhe Encontro, Noite de Tunas,... enfim, outra coisa que não Festival. Um Festival de Tunas é o momento alto do Ano. Só quem organiza sabe o trabalho que dá providenciar todas as condições necessárias para as Tunas poderem apresentar o seu melhor espectáculo no Teatro Angrense. O trabalho das Tunas deve ser valorizado... e não sub-valorizado..., muito menos por outra(s) Tuna(s).

6 - Fala-se de manipulação das verdadeiras razões da não presença das Tunas da Ilha no Ciclone. Pois, aqui o caso é mais simples do que parece. Até ao dia em que escrevi o meu post sobre o Júri do Olé, ninguém sabia de razões nenhumas! Qual manipulação? O que é certo é que nas outras quatro edições as Tunas da Ilha foram convidadas. O que mudou? Falta tempo? Ok, sim senhor, toma-se a decisão de ter só a Sons do Mar a actuar. Ok! É uma decisão que tem que ser respeitada por todos. Mas... se a situação é assim tão diferente que vos fez convidar apenas a Sons do Mar, porque é que não falaram com os representantes das outras Tunas e lhes comunicaram a vossa decisão (legítima)? Não é que fossem obrigados a tal... longe disso. Agora, se calhar, havia confusões que não surgiam e rivalidades que não se criavam.
Crua e verdadeiramente vos digo: Numa Ilha pequena com cinco tunas, estas devem ser as primeiras a defender o bom nome e o respeito por elas e entre elas.

7 - Quanto ao post do colega Irvilha da TUSA, tenho que recapitular um pouco...
A TAESEAH organizou o primeiro Festival de Tunas nesta Ilha: O II Olé Tunas. Foi decidido em reunião de Tuna que as Tunas da Ilha, por se tratar do 1º evento do género, deveriam ter a oportunidade de, caso o desejassem, poderem participar como Tunas a concurso. Todas as três concordaram e participaram. Nos anos seguintes, a TAESEAH considerou que as Tunas da casa deveriam participar mas, apenas como extra-concurso, à semelhança do que acontece por esse país fora. Mas, a TAESEAH sempre convidou todas as Tunas Académicas da Ilha Terceira para participarem no Olé Tunas.
Pois, obviamente que em alguns anos, as Tunas da Terceira, especialmente as Mistas, mostraram-se sempre um pouco incomodadas com o facto de não irem a concurso. Lembro-me inclusivamente de uma Tuna que resolveu, em plena actuação no Teatro Angrense, repetir a música que tinha acabado de tocar, como forma de protesto pelo facto de não ir a concurso... São mentalidades... Agora, em nenhum momento, as Tunas da Ilha deixaram de ser menos consideradas pela organização do Olé Tunas! Tiveram direito a participar em todos os eventos, ao mesmo teste de som, às mesmas condições de som e luz que todas as outras Tunas! Apesar de a TAESEAH em anos anteriores ter que arcar com os gastos financeiros adicionais devido ao tempo extra de utilização do Teatro Angrense, nunca foi pedida qualquer responsabilidade pelo mesmo às Tunas, a concurso ou extra-concurso, por estas terem ultrapassado o seu tempo disponível!
Como diz o colega Mox, a insularidade obriga as organizações destes eventos a enviar um número elevado de convites a Tunas para tentar ter o número mínimo de Tunas. Infelizmente, isso nem sempre é possível e são muitas as histórias que a TAESEAH e a TUSA têm para contar...
Efectivamente lembro-me do ano em que, a um mês do Olé Tunas, a TAESEAH tinha um cartaz previsto para o dia de Tunas Masculinas com a VersusTuna, a Estudantina Universitária de Lisboa, a Tuna de Veteranos de Viana do Castelo e uma outra tuna do Porto cujo nome não me recordo... Todas elas com viagens reservadas, impressos com o repertório enviados, seguro do festival pedido para aqueles elementos... enfim, tudo a correr bem... Sem que ninguém o fizesse prever, três delas cancelaram em 48 horas! E agora? Reuniu-se a Tuna e, tendo em conta que o dia de Tunas Mistas estava assegurado, pensou-se na possibilidade de convidar a TUSA para ir a concurso. A TUSA declinou o convite mas actuou com a sua já habitual qualidade, valorizando o certame. Agora, as condições disponibilizadas pela organização foram as melhores possíveis para todas as Tunas (TUSA incluída). No final, as pessoas gostaram do espectáculo, com mais ou menos Tunas a concurso. É uma decisão que a TAESEAH assumiu na altura e agora mantém.
É uma decisão tão legítima como, no último Ciclone em que, com três Tunas a concurso e dois dias de Festival, as Tunas de fora actuaram na sexta para o prémio de melhor serenata e fizeram a sua actuação no sábado para atribuição dos restantes prémios. Não estou a criticar... apenas a relembrar que os Festivais de Tunas na Ilha Terceira sempre tiveram alguns percalços na sua organização.

8 - Quanto ao que se passou este ano, tenho que clarificar alguns pormenores:
  • Todas as Tunas da Ilha Terceira, sem excepção, foram convidadas para participar.
  • Em determinada altura, a TAESEAH tinha a confirmação da presença de quatro tunas a concurso, vindas de Portugal Continental.
  • Mais uma vez, duas delas cancelaram a sua vinda a poucas semanas do Festival.
  • Em reunião da direcção o assunto foi analisado e a possibilidade de adiar o certame esteve em cima da mesa. No entanto, devido ao grande número de compromissos com instituições e empresas, dispensas de estágios, etc, tal não foi possível.
  • Surgiu então a possibilidade de conversar com a Sons do Mar e a Neptuna para aferir da sua disponibilidade de participar como Tunas a concurso.
  • As Tunas da Casa aceitaram participar mas, caso tal não acontecesse, o VII tinha-se realizado na mesma e sem qualquer sentimento negativo perante a eventual recusa. O Olé Tunas é um evento de valorização das Tunas. Se for Festival, tanto melhor. Mas, acima de tudo, o que importa é o espectáculo proporcionado.
  • Tendo em atenção a experiência negativa respeitante ao II Olé Tunas em que o júri não foi muito correcto na distribuição dos prémios (É a verdade e tem que ser dita. Lembro-me claramente do prémio de melhor instrumental... e o colega Irvilha que tão bem tocou naquela noite, também...), a TAESEAH escolheu um júri com conhecimentos e isento de qualquer ligação a alguma das Tunas a concurso.
  • Como tiveram oportunidade de constatar no post anterior, o júri atribuiu os prémios de forma ponderada e devidamente fundamentada. É apenas a opinião do júri, podendo ser criticada. Agora, não admito sequer a possibilidade de pensarem que houve distribuição de prémios ou favorecimento.

9 -Quanto à afirmação final do colega Irvilha:

"E quem convida as tunas porque lhes da jeito somos nos??"

A TAESEAH pretende, com o Olé Tunas proporcionar à Ilha Terceira um bom espectáculo de Tunas, com qualidade e que valorize as Tunas que nele participem, sejam da casa ou do Continente, a concurso ou não. As Tunas da Ilha são convidadas para actuar no Olé Tunas, por respeito à sua identidade e o trabalho por elas desenvolvido. Afinal, devemos ser nós os primeiros a defender as Tunas da Ilha Terceira.
Além disso, neste caso concreto, todos as Tunas a concurso tiveram conhecimento da participação de Tunas da casa a concurso, assim como das adaptações efectuadas pela organização para o mesmo.
Mas. lá está. As Tunas tiveram todas as condições necessárias para uma boa actuação e o espectáculo de Tunas no Teatro Angrense foi um bom momento de valorização das Tunas presentes, com som e luz (minimamente) adequados ao bom desempenho das Tunas( todas elas!). Não estamos a falar de uma vulgar festa de bar... (Scolari!)

10 - Tenho a consciência muito tranquila. Estive cerca de doze anos num projecto - a TAESEAH. Muitas são as diferenças entre 1996 e 2009... músicas originais, estatutos, regulamentos internos, graus de hierarquia dentro da Tuna, oito viagens a Portugal Continental, diversas digressões pelas ilhas dos Açores, o Olé Tunas, os Tuna Camp, a irmandade com a Enf'inTuna, enfim... muito para mais tarde recordar. Estou neste momento a terminar o último projecto: a gravação do CD da TAESEAH. Estou por isso muito orgulhoso do trajecto que trilhei. O resto... bem, há coisas bem mais importantes na vida... e nas Tunas também!


Quanto ao Ciclone, espero que as Tunas venham em força e o espectáculo seja do melhor que já se viu nesta ilha. Parabéns pelo cartaz e a publicidade. Votos de um fim de semana muito boémio.

Cordiais Saudações


PS: Também é apenas uma opinião. Como vós, também eu estou aberto ao diálogo. Hasta!

PS2 - Quanto ao post do anónimo, com a quarta classe tirada por telefone... só um comentário: cobarde

sábado, março 07, 2009

VII Olé Tunas - O Júri Responde...


Nota Introdutória

Confesso que reflecti bastante antes de intervir... Afinal não é a primeira vez que jovens com mentalidade jurássica me criticam, utilizam fotos minhas para me tentar humilhar ou opinam sobre tudo e mais alguma coisa que tenha a ver comigo ou com a TAESEAH... enfim, o período jurássico já terminou à muitos anos....
É um pouco estranho ver que o elenco destes filmes é sempre o mesmo... azia crónica, alguns dirão...
Também já reparei que as Tunas da Ilha são boas para participarem em Festivais de Tunas Mistas em Havana - Cuba de Pipas mas não o suficiente para estarem extra-concurso no Ciclone... mais azia dirão? Talvez... Em São Miguel, com onze tunas, a concurso e tunas da Ilha, o respeito imperou e houve tempo para todas actuarem... mas aqui... aqui não... aqui é só quando dá jeito... E são momentos como este que criam e alimentam rivalidades...
As rivalidades que sempre existiram entre uma tuna mista e uma tuna masculina de uma ilha qualquer nunca me fizeram perder o sono... Apenas me causaram alguma estranheza ao início... E agora? Agora, apenas indiferença pois realmente existem coisas bem mais importantes na vida, e também nas Tunas.

Quanto ao tema deste post, tendo em conta que existiram dúvidas e alguns amuos com as decisões proferidas pelo júri, aqui ficam as minhas considerações enquanto membro do júri. Afinal... há que ser crú e verdadeiro neste capítulo... e em todos os outros também, acrescento eu.

A participação da duas Tunas da Ilha a concurso no Festival é, obviamente uma situação diferente e que exige alguma responsabilidade adicional na escolha dos elementos do Juri. Por outro lado, o júri tem uma tarefa mais complicada do que habitualmente, tentando ser o mais imparcial e justo possível. Na primeira vez que se realizou um Festival de Tunas nesta ilha, o II Olé Tunas, as tunas da casa participaram no concurso e o júri, nesse ano, infelizmente cometeu o erro de "distribuir" alguns prémios. Tendo este aspecto em atenção, como elemento do Júri deste ano foi minha intenção ser o mais ponderado e justo possível.
Este ano não houve necessidade de eleger um presidente do júri... e tão pouco fui eu o presidente... por isso, para a próxima é melhor informarem-se primeiro! As decisões foram ponderadas e tomadas pelo júri, no seu conjunto, tentando ser justos e imparciais, sem nenhuma ideia pré-concebida ou intenção de distribuir os prémios pelas Tunas. Reconheço o direito de porem em causa a justificação de atribuir um ou outro prémio à Tuna A ou B. A decisão do júri é isso mesmo: a opinião deste em relação ao que se passou. Diferentes pessoas poderiam ter diferentes decisões. por isso aqui ficam as razões de cada uma das decisões.

1 - Melhor Passa Calles - Todas as tunas tiveram exibições medianas, sem muito brilho... Pedia-se mais interacção com o público e espontaneidade. Lembro-me de estar no "Pão Quente" e ver numa varanda próxima, duas senhoras de idade a ver o desfile... Pois, nenhuma tuna parou e cantou para elas... Mesmo assim, a Sons do Mar foi aquela que mais e melhor tocou e interagiu com o público presente.

2 - Melhor Serenata - As Tunas tinham quinze minutos à sua disposição que podiam utilizar para tocar duas músicas, declamar poemas... enfim, sendo que o prémio sempre foi atribuído ao melhor conjunto apresentado no tempo disponível. Com respeito às outras Tunas, digo-vos que a Neptuna, a Sons do Mar e a Desconcertuna apresentaram as melhores propostas. Quanto à Neptuna, entendo que a música que tocaram merecia mais trabalho musical. Notou-se que a solista estava muito desapoiada, ainda mais quando estamos a falar da Chuva de Mariza... Além disso, a Tuna deve esperar pela solista... e não a solista a ter que se adaptar às pausas menos prolongadas da Tuna... com treino, talvez... Depois, restavam a Sons do Mar e a Desconcertuna... Bem, aqui a decisão não foi fácil... aliás, foi esta a decisão mais complicada da atribuição de prémios. Duas apresentações regulares, com alguns erros de afinação (instrumentos e vozes) e sem especial brilho. O Júri entendeu que a Desconcertuna apresentou um bom jogo de vozes, com variedade e arranjos interessantes. Por outro lado, a Sons do Mar esteve um pouco pior nesta parte. Excluindo a introdução de uma das músicas em que houve um jogo interessante entre um homem e uma mulher, em termos vocais, apenas se ouviram duas vozes diferentes e femininas. Obviamente que, numa Serenata de um Festival de TUNAS MISTAS, o trabalho de vozes masculinas e femininas juntamente com o seu interlaçar é o aspecto fundamental na atribuição do prémio. Por isso mesmo é que a Serenata é realizada num sítio reservado, sem amplificação sonora e previligeando a projecção de vozes e instrumentos da forma mais natural possível.
Por outro lado, a Desconcertuna apresentou a clássica interpretação de Coimbra em serenatas de Tunas: Bombo, pandeireta, alguma percussão, flauta de bísel e violino. Nota de destaque pela positiva para o violino (muito seguro nas suas interpretações) e, pela negativa, para a flauta de bísel (desafinada em alguns momentos). Esteve um pouco melhor a Sons do Mar, com menos variedade de instrumentos mas um pouco mais seguros em termos instrumentais.
O Júri ponderou cada um dos aspectos e, de uma forma não unánime mas apenas com maioria simples, atribuiu o prémio à Desconcertuna, valorizando o jogo de vozes.Foi a decisão mais difícil que o Júri teve e pode, obviamente ser alvo de críticas. Foi contudo uma decisão muito ponderada e tentando ser, crua e verdadeiramente, o mais justo possível com todos os intervenientes!

3 - Melhor Pandeireta - Bem, aqui a decisão foi bem mais fácil do que parecia... Muitos momentos houve em eles estiveram em destaque... pela negativa... Primeiro, se a coreografia estivesse interessante, o ritmo não estava... Não adianta ter três ou quatro pandeiretas em coreografia se o ritmo não está certo... Coreografias com muita gente aumentam o grau de dificuldade mas não alteram os pressupostos iniciais. Por outro lado, o prémio de melhor Pandeireta não é atribuído aquele que fizer mais número de movimentos no menor espaço de tempo... nunca foi... e certamente nunca será! O "Castanhas" da Phartuna contrastou com o restante dos pandeiretas em três aspectos fundamentais:
  • - A forma como iniciou e terminou qualquer uma das suas exibições, de forma natural, agradecendo ao público, de forma espontânea e, muito importante, sabendo sair no momento oportuno. Uma boa coreografia tem início, meio e fim. É errado valorizar apenas o meio da coreografia...
  • - A limpeza de movimentos, sempre com um sorriso e sem qualquer demonstração de esforço, ao contrário da grande maioria dos restantes (Grande parte dos pandeiretas limitaram-se a "despejar a sua sequência de movimentos" de forma mecânica e pouco harmoniosa.)
  • - A empatia que conseguiu estabelecer com o público
Por isso, o prémio foi atribuído ao "Castanhas" da Phartuna e não aos pandeiretas da Phartuna. Uma palavra positiva para alguns pormenores que a Sons do Mar apresentou, em termos de coreografias, especialmente a Lisete. Estão no bom caminho.

4- Melhor Porta-Estandarte - Em concordância com o acima escrito. O David da NEPTUNA foi o que teve melhor presença em palco, com limpeza de movimentos e alguma empatia com o público. Da mesma forma, também foi preciso escolher o melhor elemento e não o melhor conjunto. Notou-se também muito a necessidade de muitos em mostrar o máximo de movimentos possíveis em menor espaço de tempo possível (tipo guitar hero, no expert?). O importante é aquilo que se transmite ao público com a nossa prestação, encadeando os movimentos que aprendemos de forma harmoniosa. Tive a oportunidade de ver no passado um Tuno Espanhol, de uma Tuna que esteve no Ciclone, considerado um dos melhores do mundo. Não o vi aos saltos nem a correr... mas tudo o que ele fez foi obviamente pensado com o objectivo de nos transmitir algo... Mais exemplos? Vejam o Isaac de Real Extudantina... o beijo na bandeira dos Açores... Enfim, pormenores que em muito contam!

5 - Melhor Original - O Jurí escolheu, de todas as músicas originais a concurso, aquela que considerou ser o melhor trabalho musical, em termos de composição, e que simultaneamente foi a melhor tocada no Teatro Angrense. Assim sendo, não houve dúvidas que o Fado da Sons do Mar correspondeu e mereceu o prémio.

6 - Melhor Instrumental - O "Cosa Nostra" da NEPTUNA foi o escolhido pelo Júri. É um instrumental muito bem concebido e executado de uma forma simples e pela Tuna. Tem, no entanto, potencial para muito mais, tendo em conta algumas actuações antigas. De referir apenas que a "introdução celta" não está muito de acordo com uma típico instrumental de origem siciliana e italiana. Quanto aos restantes instrumentais,foram um pouco monótonos e/ou não apresentaram momentos de destaque.

7 - Melhor Solista - Nesta música as Tunas deveriam deveriam apresentar uma música ou um trecho significativo de uma música com um solo (evidente) de um elemento. Seriam tidos em conta a afinação, timbre, sentimento, empatia com o público, postura e grau de dificuldade. Duas músicas se perfilaram para ganhar este prémio: O Fado da Sons do Mar e a música "Saudades de Coimbra, fado de Coimbra celebrizado e numa versão da Desconcertuna. Ok. Podemos comparar as vozes das duas solistas... são duas boas vozes, com boa preparação e assumo que qualquer uma das duas poderia conquistar o prémio! Agora, também acho que temos que ser crús e verdadeiros neste capítulo. O solo da Sons do Mar é um pouco mais extenso mas, de resto, as apresentações foram semelhantes em termos de grau de dificuldade, sentimento, e grau de dificuldade. Então surge a dúvida? Atribuir em exequo o prémio? Pois, a resposta é não. Olhando para a música "Saudades de Coimbra" da Desconcertuna encontramos um dos melhores momentos do VII Olé Tunas. Uma adaptação bem conseguida, com três momentos musicais bem distintos, um bonito solo, um bom trabalho de vozes de coro e, na parte final da música, o tão referido dueto... nada mais do que um momento musical em que a tuna "segura a melodia base enquanto duas pessoas cantam, num jogo vocal de improviso e com muito sentimento à mistura. Mas este dueto não decidiu nada... apenas ajudou. Em duas músicas com solos de grau de dificuldade semelhante o trabalho efectuado pela Tuna como suporte à solista foi fundamental para a escolha do jurí. E então, crua e verdadeiramente falando, o melhor trabalho da Desconcertuna nesta música permitiu à sua solista conquistar o prémio. São opiniões? São sim senhor! São opiniões fundamentamentas e ponderadas pelo Júri mas, sempre sujeitas a crítica, como tudo na vida.

8 - Melhor Tuna - No conjunto das actuações no Teatro Angrense, a actuação da Sons do Mar foi a mais conseguida, melhor planeada e encadeada, sem momentos mortos e com qualidade musical, com destaque para o coro de abertura e os seus originais. É bom ver a Sons do Mar de regresso às exibições que tive oportunidade de ver, especialmente na década de 90.

Como nota final, deixo-vos a minha total disponibilidade de falar sobre este assunto, desde que o respeito por todos os intervenientes se mantenha.

Hasta!



quinta-feira, março 05, 2009

AO OLÉ TUNAS

Á TAESEAH, tuna minha do coração, que já conta com 16 anos de longa sabedoria, um universo de actuações, muitos elementos que por ela passaram, muitos encontros, festivais e essencialmente a experiência de sete OLÉ TUNAS.
O festival começou com alguma inexperiência e dificuldade, mas foi com o passar dos anos que fomos evoluindo e melhorando, no entanto há sempre coisas que não estão ao nosso alcance como a vinda das tunas para a Terceira.
Como todos sabem o nosso país está muito doente, e nem como enfermeiros nem médicos, nem o nosso engenheiro consegue salvar-nos da crise, portanto torna-se difícil conseguir tunas para se deslocarem ao arquipélago açoriano.
Cabe a cada um arranjar formas para superar a crise e muitos fazem-no de forma que se desconhece.
Deste modo, nem todos os anos conseguimos que tunas nobremente conhecidas se consigam deslocar ao nosso OLÉ TUNAS, pois a verba não dá para pagar os custos de uma grande viagem, e é por esta razão que este ano contamos apenas com três tunas de território continental, que representaram orgulhosamente a sua tuna e a música tocada por eles e só por isso tem todo o mérito e não devem de ser criticadas por subir ao palco e actuar, antes pelo contrário.
Este ano tivemos a presença a concurso de duas tunas da nossa Ilha…. Há algum problema nisso???? Parece que incomodou muita gente…
Muitos parabéns SONS DO MAR e NEPTUNA, pois não tiveram medo de subir ao palco e enfrentar um festival e os olhares sempre críticos de quem por cá anda.
Contamos também com a “estreia” da REAL EXTUDANTINA no festival, que apesar de ser um festival de tunas mistas não ouve problema absolutamente nenhum em que uma tuna masculina participasse no OLÉ TUNAS.
Quanto aos prémios, todos nós sabemos criticar mas tudo tem uma fundamentação e se alguém está preocupado com a atribuição dos mesmos pode sempre colocar a dúvida à TAESEAH, porque esta saberá fundamentar a atribuição. No entanto, deixarei para alguém explicar, porque não estive presente nas actuações, encontro-me no continente e não vi, nem ouvi actuações de ninguém.
Felizmente sei o que é organizar um festival, e sei as dificuldades que se encontra na sua organização e mais acentuadas são quando é um festival que se realiza nas Ilhas, por isso dou valor a toda esta organização do VII OLÉ TUNAS, que cumpriu os objectivos apesar dos obstáculos.

PARABÉNS TAESEAH e às tunas que participaram…

Orgulhosamente faço parte da TAESEAH, continuação de bom trabalho, com muitas saudades…..